quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Velhos entusiastas...

"Senhores passageiros, o comboio Intercidades CP Longo Curso, procedente de, Guarda, com destino a, Lisboa Santa Apolónia com hora prevista para, as 15 horas e trinta minutos, circula com atraso de, quarente e cinco minutos, pedimos desculpas pelos danos causados"... 

Foi assim durante algum tempo, e muitas das pessoas que lá estavam não tiveram outra hipótese senão esperar pelo comboio que os levaria até aos seus destinos. Para um casal de idosos que lá estava, ansiavam pela chegada tardia do comboio intercidades proveniente da cidade mais alta de Portugal.

"Que terá acontecido?! Terá levado alguém pelo caminho?! Terá descarrilado?!" A esta hora já devia-mos estar a passar o Entroncamento..."

Os velhotes já se questionavam de  tudo e mais alguma coisa, e foi aqui, que conheci os ditos, metendo conversa com eles e explicando que a origem do atraso do comboio, se devia aos muitos "afrouxamentos" resultantes dos também variados descarrilamentos nos últimos meses na Beira Alta, e como consequência, na zona dos ditos, a passagem do comboio faz-se em baixíssima velocidade.

Ficaram mais descansados, e a conversa flui para outros assuntos... Soube que os senhores eram do Alentejo, mas que viviam em Lisboa há muitos anos, e que tinham parentes na localidade da Granja do Ulmeiro, motivo da viagem até aqui ( Alfarelos), soube também que o senhor percorreu entre 1970 e 1974, todas as linhas do nosso País!  Estava portanto, perante um outro entusiasta, mas talvez com mais sabedoria ferroviária, e com toda a certeza memórias da época do vapor...  Num último remate e poucos minutos da chegada, ansiosamente esperada, a senhora, diz-me..., "Chegava a casa com a cara toda borrada do carvão,andavam devagar, mas chegava a horas!"


Despedi-me dos senhores com carinho, e deseje-lhes uma boa viagem de regresso a Lisboa.   



sábado, 23 de agosto de 2014

InterEmuitosRails




Hoje, bateu a saudade de andar de comboio. Mas aquele andar, aquele viajar, aquele sentimento de viajante sem rumo (salve seja), distante da nossa casinha e do nosso País! Saudade, de viajar noite e dia, e adormecer por breves momentos ao solavanco da carruagem em andamento.  Andar ou melhor, viajar, de comboio é melhor do que tudo o resto, é uma liberdade que não se adquire em outro meio de transporte público...   Correr comboio de uma ponta a outra, bisbilhotar compartimentos quase "vedados" pelas cortinas para que ninguém olhe para o interior, há procura de raparigas da nossa idade, para que a viagem consiga ter ainda mais magia! Namorar no comboio é mágico, e quem já o possa ter feito, sabe perfeitamente do que digo!




Faz 5 anos, que fiz a minha última viagem, e as saudades de pesquisar, comboios, itinerários, horários e outras curiosidades, são imensas! Tão imensa que se pudesse, largava o que estava a escrever e ia "projectar" uma nova viagem!

Na última viagem que fiz, lembro-me que depois de cerca de 5 dias, a comer e a dormir mal, mas com muito divertimento à mistura, cheguei à gare do Oriente pelas primeiras horas do dia, com um sono desgraçado, e com um ar que mais parecia um mendigo! Tomar banho, nunca foi uma palavra de ordem, e limitava-me a lavar-me com água e sabão mal e porcamente em casas de banho públicas de várias estações por onde passei.

Falando em estações, Miranda de Ebro, ficará certamente na minha memória depois de um repasto óptimo, sardinhas com tomatada enlatada, e batata frita embalada, acompanhado um belo vinho rioja, que depois do terceiro copito, nos gerou certas e determinadas gargalhadas e avistar comboios a dobrar...














Um interRail é isto mesmo, convívio, e como eu costumo dizer, um festival de verão, sobre carris! Temos artistas, de viola na mão que por sua vez, vão afinando os vários acordes, temos pessoal com tendas ás costas, temos bebidas e o mais importante, temos convívio afinco. E aqui temos uma coisa que num verdadeiro festival não existe... A sorte de passar-mos por muitos locais, seja de noite ou de dia, inverno ou verão!


P.s Ainda digo mais, sou da opinião, que todas as pessoas, mesmo aquelas que não gostam de andar de comboio, deviam pelo menos uma vez na vida, viver uma aventura deste calibre! Esqueçam a praia, o campo, as mordomias! Tragam o bloco de notas, a mochila, os ténis, a máquina fotográfica e porque não, o belo rioja na algibeira?            



                                                                                                                                                         

Boas viagens cá dentro ou lá fora, mas sempre de comboio ;)














segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A última viagem de uma série...

Boas, noites, hoje vou escrever o que me vai na alma (talvez, o último post do ano), e a saudade ferroviária que ficou no meu pensamento, quando descobri umas fotos que já nem recordava que tinha feito, num fórum dos transportes.

Pois bem, 

Longe vai o tempo, em que eu, saia de casa ainda muito cedo, só para ir fotografar comboios. Naquela altura, ainda havia comboios decentes em Portugal, e para quem como eu, gostava das locomotivas da série 2600 e 1930, fotografar comboios com estas máquinas era qualquer coisa como um regalo para a vista!

Pois bem, no longínquo 11 de Janeiro de 2011, uma terça-feira muito fria e seca, e estando de folga, resolvi sair de casa e ir "caçar comboios" para a Linha da Beira Baixa, mais precisamente, Tancos. 

Levei comigo, a esposa, não estando habituada a estas aventuras, lá alinhou e talvez nem ela saiba como, em sair da caminha quente, e ir com o doido varrido do companheiro, fotografar comboios. Saímos de casa ainda de noite, com um frio que não lembra ao diabo, mas tinha na mente que iria ser um dia produtivo, e o meu objectivo, era tentar apanhar algum comboio ainda com as saudosas e castiças locomotivas eléctricas da série 2600...  Nos fóruns, corria o boato que já todas estavam encostadas, e se eu as quisesse fotografar, teria que ir ao Entroncamento, às oficinas ou à triagem...  Na altura, fiquei triste, mas com algumas dúvidas relativamente ao fim de serviço de todas as máquinas ainda que restavam aos cargos da CP no que tocava à carga, porque na parte dos passageiros, algum tempo que já tinham sido substituídas pelas 5600, mesmo na Beira Baixa.  

Não baixei os braços, isto num modo muito calão de escrever, e no dia 11 sai de casa, com a certeza que iria conseguir apanhar um comboio de carga com as minhas "locos" favoritas. O pessoal aficionado vai-se mantendo a par das noticias, mas não sabe sempre de tudo, e era esta a minha esperança.

Contudo...

Bom, contudo, na chegada a Tancos, a manhã estava fria, como normal para um dia de Janeiro, mas não corria vento, apenas uma chuva miudinha que tentava persistir. O sol esse, mostrou-se sempre muito tímido ao longo de toda a manhã. Enquanto eu revia os comboios de mercadorias, e até eram alguns, a companheira sentava-se no meio da vegetação, fumando um cigarrinho e dando uma vista de olhos numa revista cor de rosa, não a censurava, afinal de contas, ela estava ali comigo, talvez a fazer esforço para me agradar, mas depois notei que até ia à bola com a passagem dos comboios, muito perto de nós. 

Eles passavam, mas com locomotivas da série 5600, e a minha esperança começava a dar sinais de fraqueza e eu teria que dar razão aos "iluminados" de alguns aficionados, que afirmavam afincadamente que  "2600" só já mesmo no álbum das recordações... 

Mas...

Meio da manhã, revejo novamente os horários que tinha comigo numa folha A4, já muito maltratada, mas que ainda era bem visível ler os comboios previstos para esse dia. Na tal folha, estava marcado um comboio especial para a Praia do Ribatejo, e eu debatia-me que seria mais uma 5600 ou as novas 4700, bom uma ou outra seria, e seria também mais um registo monótono, num dia cinzento a um comboio... Passado uns 45 minutos de ter revisto os horários, e com cerca de 10 minutos de atraso, começo a ouvir uma barulho, que não era típico nem de 5600 nem tão pouco das 4700...   Coração começou a palpitar, como um aficionado por comboios que o sou, mas principalmente por esta série em particular, cujo razão, para se calhar ajudar-me no inicio a gostar de comboios, lá vinha o que eu tanto pedi aos santos dos comboios. Uma 2600!!

Lembro-me de ter fotografado o comboio, e seguidamente à sua passagem, ter andado feito tolo aos pulos uns quantos segundos, tal era a euforia, uma alegria colossal trespassava pelo meu corpo, e era possível ver-se aos olhos de todos, felizmente, só ali estava a Matilde, que ficou um pouco perplexa ao ver o namorado naquele estado, e talvez ficasse a pensar, onde estaria metida. Pouco depois, consegui conter-me, recuperar algum fôlego e explicar a situação a ela. 

Por mim, o dia estava ganho, e aqueles certos "iluminados" estavam redondamente enganados, quando pensavam, que só eles sabiam tudo... Mas acima de tudo, foi bom recordar aquele som tão característico da 2600, e aquela buzina de dois tons, que apenas as 1930, conseguem igualar.

De volta a casa, cheguei estafado, com olheiras de quem na noite anterior tinha dormido muito pouco, mas feliz, por ter trazido no cartão de memória umas quantas fotos da locomotiva da minha vida!

Boas entradas em 2014, pessoal!


   

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Boas Noites, caros bloggeristas. Antes de mais, queria aqui desejar a todos vós as boas festas e desejar um bom ano, ou, melhor que 2013...

Avante, camaradas, que isto não é a minha vida... 

Entretanto, e há hora que estou a escrever, e com a minha verde idade, deveria estar a curtir numa discoteca, a beber umas jolas ou indo a um nível mais rebelde, fumar umas brocas...  Mas não, estou aqui sentado no sofá em família, e com o portátil (velhinho) a escrever, porque escrever, dá-me de certa forma, uma moca das fortes, daquelas tão fortes, que posso acordar na manhã seguinte, atordoado com tanta coisa que possa escrever e talvez arrepender-me do que escrevi...  A coisa boa é que, escrevendo virtualmente, e se acontecer o caso, de me arrepender do que escrevi, basta pressionar na cruz e voilá, "post" eliminado. 

Mas não quero estar aqui a pronunciar uma personagem  à "estilo" velho do Restelo, nada disso!

Depois, desta breve introdução, mais à estilo de desabafo, eis o que vou falar, ou melhor, escrever hoje.
Chegada ao Entroncamento, com a locomotiva titular  avariada

Presidencial ou comboio dos vip´s ?! Eis a questão.


Pois bem, é daquelas coisas que eu fiquei a pensar no dia em que sai de casa de madrugada, com apenas duas horas de sono, para tentar não perder pitada, da inauguração oficial do comboio Presidencial em Lisboa, mais concretamente, na estação de Lisboa Santa Apolónia, mas já lá vamos....


O comboio Presidencial ou o comboios dos vip´s, (ainda estou a tentar perceber o que é) serviu entre 1910 e 1970 mais coisa menos coisa, o chefe de estado e a sua comitiva para as suas deslocações em território Nacional. Um comboio "fino" não fosse ele, o comboio do «Presidente»...

Até aqui, tudo bem, era um comboio usado para aquilo, que na altura terá sido concebido. Passados 43 anos, o comboio está de volta à ribalta do panorama ferroviário, fazendo sonhar alguns, que um dia poderão embarcar e viajar algures nas linhas que ainda nos resta em Portugal.

Depois de uma profunda renovação a cargo da EMEF e do Museu Nacional Ferroviário, o comboio está pronto e preparado para levar "gentes", para receber eventos e outros cargos a nível turístico.

Close up da composição Presidencial 
Mas como Português que sou, isto tudo dito num termo muito poético e generoso, talvez não passe de uma escrita, só para desviar algumas atenções ou, para iludir algumas pessoas.

Será que alguém se lembra dos verdadeiros entusiastas? Porque não "combinar" um passeio onde juntasse entusiastas e simpatizantes do comboio, e que goste de viajar?

Porque não?! Isto claro, a uma quantia simbólica, talvez , uns 50 euros, seria um preço justo! Talvez...

Mas mais uma vez, cheira-me que este comboio está longe de vir parar às mãos de pessoas que verdadeiramente, respeitam o caminho de ferro, e que viajar num comboio destes, seria um objectivo de vida, e acho que as entidades responsáveis do comboio e do turismo, deveriam ter em conta "nós"!

Parece-me que é mais um comboio para as grandes empresas, para o senhor Doutor e senhora Doutra, ou o senhor Engenheiro ou senhora Engenheira andarem de "cú" tremido, quando muitos nem sabem o que é uma carruagem ou uma locomotiva, e uns quantos, nunca andaram de comboio e sempre o desprezaram, mas para estes, já há viagens de borla, e todos querem sair do escritório para irem viajar de comboio.

Epá, poupe-me só um bocadinho sff, só um bocadinho!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Andamos definitivamente a brincar aos tGv´S !

Boas noites caros "Bloggers" e não só.

Um ano e praticamente um mês se passou depois do meu último "post" e quase nada mudou no nosso panorama ferroviário nacional, quer-se dizer, mudou qualquer coisinha mas para pior, claro!

O ramal de Cáceres acabou definitivamente com a sua exploração, até à data só já tinha mercadorias (pouco ou nada) e o único serviço de passageiros que tinha, era o saudoso «Lusitânia TrenHotel».

Também a linha do Leste ficou com o sabor amargo de perder de vez, o serviço Regional e actualmente, só por lá passa comboios de mercadorias e também esses, já vão sendo escassos.

Mas não foi só no Norte Alentejano que houve cortes severos, e a linha do Vouga ou do «Vouguinha» como é carinhosamente chamado, à pouco mais de um mês, viu uma parte do seu troço ser severamente "afrouxado" com restrições de velocidades que não lembram o diabo! Aqui mais uma vez, vai-se notando a olhos vistos, que a CP e Refer não remam para o mesmo lado, e teimam cada uma ir para seu lado. A CP justifica-se com o mesmo ditado do "Por motivos de segurança o troço entre y e w, terá num período de tempo restrições de velocidades" ou então " Por motivos de ordem técnica, os comboios x e y, serão suprimidos em todo o seu trajecto... E assim é óbvio que a CP venha para os média vincar, que por falta de procura, diminuirá drasticamente os seus serviços!

Se não há condições de segurança e por essa razão vai-se suprimindo horários, ou os poucos comboios que vão havendo demorem cerca de duas horas para fazer pouco mais de 30 quilómetros, é óbvio que os utentes tendem a procurar outros meios de transporte .

Acho que qualquer pessoa percebe este ponto de vista, e não é preciso ter o canudo de doutor, para ver e rever o problema que nos "assiste" a todos nós.

Adiante...
Também mais a norte, na Linha do Douro e Minho, as marchas suprimidas ou com atraso na chegada aos destinos, tornou-se um "habitué" dos utentes destas linhas. Tinha-se material obsoleto, muito antigo e portanto deitaram fora, automotoras que até aqui, lá faziam o seu trabalho mesmo com o peso dos anos em cima, mas que raramente se avariavam ou não chegavam ao seu destino, porque um dos elementos mecânicos não estava a fazer o seu trabalho e que por essa razão o comboio teria que resguardar na estação mais próxima e suprimir assim, mais uma marcha ! Mas é isto que acontece diariamente no Douro e Minho, com as "novas" automotoras apelidadas por "camelos" alugadas à congénere da CP, a Renfe.

Mais a Sul, no Oeste, era por vontade de muitos, acabar de vez com a exploração de serviço de passageiros acima das Caldas da Rainha até à Figueira da Foz, e apenas abrigar o serviço Regional entre a Capital e as Caldas Da Rainha. Depois de muita luta, pelos utentes, sindicatos, autarquias e afins, a CP continuou com a exploração, embora com alterações. De Lisboa para as Caldas, apenas efectua-se serviço Regional, acabando de vez com os Interregionais. Pelo menos, a oferta é maior, e os comboios partem sempre ao mesmo minuto, talvez mais fácil de se decorar para utentes mais idosos que são eles, que quase sempre usam este meio de transporte.

Agora, e ali para a margem sul do Tejo, fiquei descontente, não directamente por mim, mas por saber de amigos e não só, que actualmente, se querem rumar ao Algarve, já não podem contar com o serviço Intercidades na cidade de Setúbal e se o querem usufruir, terão que apanhar um suburbano (gastando mais uns trocos) e então, apanhar o dito "serviço rápido" ao Pinhal Novo  para depois então seguir rumo ao destino. Lembro-me de ouvir no noticiário, que a CP afirmou, que, com esta medida, poupava-se mais uns "minutinhos" indo pela nova variante de Alcácer, e que o comboio podia ter velocidades mais elevadas. Mas então, vamos todos preferir um comboio que na chegada ao destino se poupe uma coisa de dez minutos ou apanhar pessoal da cidade de Setúbal e Alcácer do Sal ?! Pronto, Alcácer, podia não ter muita procura, agora não podem fincar, que Setúbal não tinha gente, que não justificasse mais uns minutos perdidos na "apanha" destes passageiros.

Andamos definitivamente a brincar aos tGv´S !  




 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Contagem decrescente...

Hoje, não tenho muito a escrever, mas anda ai uma "mosca" que me diz, que a empresa (ainda) pública que nos serve ( ou que nos servia) o transporte ferroviário, está em contagem decrescente para o " arrebentamento" de qualquer coisa...

Para melhor, ou para pior não se sabe (ainda) ;)

Boa noite .

domingo, 26 de agosto de 2012

A Oeste nada de novo !

Já todos nós sabemos que isto a cada dia que passa, e no que toca ao caso da CP em termos de greves, fechos de linhas, supressão a serviços que até aqui a dita cuja empresa realizava sobre os seus clientes, não é novidade, pois, claro que não o é (infelizmente)! A cada dia que passa, esta empresa parece que se está nas tintas para os seus passageiros, passageiros esses, que até aqui, não pensavam duas vezes na hora de escolher o comboio, mesmo sabendo, que por vezes, não era de todo, o melhor transporte para chegar ao destino, mas por ideologia ou por gosto pessoal, era o transporte de sonho de criança !  E agora falando por mim, em jeito pessoal e em tom crítico, de há uns meses para cá, sempre que tento optar pelo comboio ( talvez ideia parva a minha), acabo sempre por sair lesado da escolha obtida ...

Em caso particular, quando tenho que viajar até Alcobaça e saindo na estação que agora é nada mais nada menos que um simples apeadeiro como tantos outros nessa ferrovia fora, os senhores de serviço na estação do Cacém afirmam sempre que é melhor obter apenas bilhete até às Caldas da Rainha, e justificam  que não sabem se depois há ligação para o comboio que tem como destino a Figueira da Foz. Eu pergunto se não podem ligar, e dizem que não vale de nada, porque os próprios colegas das Caldas também não o sabem...
Pois bem, da última vez que fui na conversa da CP, estive quase duas horas à espera da ligação para o Valado dos Frades, dado que o comboio tinha hora marcada para as 13:21 e só "zarpou" das Caldas pelas 14 horas, dado que o maquinista que o trouxe de Lisboa, iria levar o comboio até à Figueira, mas tinha que almoçar primeiro, deixando algumas pessoas que iriam para Leiria e Figueira à beira de um ataque de nervos! Não tem culpa, também merece comer, mas, e eu, que estava a contar almoçar em casa, poupar uns trocos, e que, por culpa da CP, tive que andar à procura de um restaurante em conta para almoçar, e isto, quem me paga?  Hoje em dia, não me arrisco muito a optar o comboio no Oeste (nem noutro local qualquer), e mesmo indo para Alcobaça, na hora de escolher, escolho o "Expresso". É rápido, confortável, seguro, mesmo não sendo o mais barato como é o caso do comboio, acaba por me sair bem mais económico, pelo menos sei que me leva ao destino sem grandes precalços. Hoje em dia, o Oeste e secalhar como noutras linhas, a maioria dos comboios, andam às moscas, e porquê? Talvez pelas greves quase cativas, mas acima de tudo, horários estúpidos que não cabem na cabeça de ninguém e que afasta até as moscas do serviço ferroviário...

Perante isso, o objectivo da CP, está gradualmente a ser cumprido. Passageiros fugidos a sete pés, comboios suprimidos, linhas fechadas !

Resta-me afirmar, meus caros,

CP, Consigo em nenhum sentido !